Aluna da Uniabeu representará o Brasil no Mundial Universitário da Tailândia

Por Anderson Guilherme

Brasileira, 21 anos, com 1,51 de altura e 51 kg de muita força, Natasha Rosa Figueiredo, aluna do segundo período de Educação Física da Uniabeu, é uma das atletas selecionadas para representar o Brasil na Tailândia, no Mundial Universitário de agosto.  Ela é destaque como levantadora de peso e em seis anos como atleta já competiu pelo Brasil no Equador, México, Venezuela, Colômbia, Chile e outros países da Europa. São muitas medalhas e importantes colocações que mostram a trajetória de sucesso que ainda está por vir.

Natasha Rosa Figueiredo

O esporte sempre esteve presente na vida de Natasha. Tudo começou quando ela tinha 13 anos e disse para a mãe, Lucilene Rosa, que sonhava ser atleta. O exemplo e a inspiração estavam na irmã Emily Rosa Figueiredo que já batalhava nos saltos ornamentais. Para realizar o sonho da filha, Lucilene encaminhou a pequena Natasha para o atletismo. Foram dois anos de treino e muito sacrifício, “foi um momento bem difícil para mim. Enfrentava perigos no entorno do Maracanã, quando saia dos treinos, o dinheiro era curto, então, às vezes só íamos treinar com o da passagem, na hora de comer muitas vezes almocei com a minha irmã no restaurante popular etc,” lembra Natasha.

Após este período, percebendo que ela não se adaptava ao atletismo, a técnica Edneida Freire resolveu apresentar o levantamento de peso para Natasha, dali por diante ela despontou. Com duas semanas como levantadora de peso ela se tornou vice-campeã brasileira, após quatro meses conseguiu o 4º lugar nos jogos pan-americanos do Equador e com seis meses ela já conquistava a sua primeira medalha pan-americana;foi muito rápido mesmo. Em pouquíssimo tempo já tinha ido mais de uma vez para fora para representar o Brasil com direito a conquistar medalhas, comenta Natasha.

Para ser considerada uma atleta promissora, Natasha passa por uma rotina intensa de treinos e muita dedicação. Atualmente, além de universitária, ela responde como atleta civil da Marinha. Por isso, a maior parte do seu dia ela fica no quartel (que fica na Penha/RJ) para treinar. São aproximadamente três treinos por dia e, às vezes, de domingo a domingo.

Mesmo com uma rotina muito atribulada os estudos e a família não ficam para depois, “meus colegas de turma me ajudam muito. Às vezes chego muito cansada nas aulas, mas eles me animam e ainda me ajudam com a reposição de algumas aulas que, por conta de algumas competições, eu preciso faltar, afirma a atleta que ainda se derrete ao mencionar o apoio e o carinho da família, “Eu amo meus pais demais! Eles são os maiores incentivadores do meu sonho, minha mãe é uma guerreira e sempre me ajudou. Meu pai, Rogério Victor, sempre que pôde ajudava minha irmã e eu com os suplementos, pois eles são caros. Agora a situação apertou um pouco, mas não deixamos de manter o nosso foco para continuar no nosso caminho. Somos essa nova geração que pode substituir os campeões olímpicos nos próximos jogos. Por isso, treino pesado para estar pronta quando esse dia chegar”.

Natasha é atleta da categoria até 48 kg e já pensa nas Olimpíadas de Pequim. A intensidade de seus treinos remete aos jogos e dão uma noção do quanto é necessário se esforçar para ser selecionado como atleta olímpico.

A levantadora embarca no dia 13 de agosto para a Tailândia com o intuito de trazer uma medalha para o Brasil. A Uniabeu e todos os colegas do curso de Educação Física ficarão na torcida para Natasha trazer o ouro. A Instituição também torce para que ela esteja na nova geração de atletas que futuramente trarão inúmeras medalhas olímpicas para o esporte brasileiro.

Fotos Capa e Perfil – Gabriela Mineiro / Galeria de Fotos – Arquivo pessoal da atleta.

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